quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

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Matéria publicada em - 27 Dezembro 2016



Se todas as margens dos rios visíveis de São Paulo tivessem a mesma sorte do Tiquatira, a cidade certamente seria muito mais agradável. Há mais de dez anos, um morador da zona leste, área de São Paulo onde está o Tiquatira, resolveu trazer mais vida e beleza para o entorno do córrego.

Hélio da Silva, de 65 anos, já é quase uma personalidade ali no bairro da Penha. E não é pra menos. Aos poucos, ele plantou mais de 200 árvores nas proximidades do rio, cujas margens estavam abandonadas e afugentavam as pessoas.

Quase quatro anos depois do início do plantio, vendo o potencial do verde que nascia ali, a prefeitura resolveu investir no local, criando o primeiro parque linear da cidade, ou seja, às margens de um rio. Dessa forma, os recursos hídricos ficam mais protegidos da poluição, evitando que no leito do rio sejam despejados lixo e esgoto.

Com cerca de três quilômetros de extensão, o Parque Linear Tiquatira – inaugurado em 2007 – está localizado na área que separa as duas vias da avenida Governador Carvalho Pinto, estendendo-se do final do viaduto General Milton Tavares de Souza até a avenida São Miguel. A prefeitura contabiliza cerca de 150 espécies de árvores nesse percurso.


Na avenida onde o parque está localizado, tem ciclovia com pistas dos dois lados e, aos domingos e feriados, mais duas faixas da avenida, uma de cada lado, são fechadas para os carros e abertas aos ciclistas. Periodicamente o visitante se depara com feirinhas de artesanato no entorno ou com demonstrações de carros antigos.

A área outrora abandonada chama especial atenção, como não poderia deixar de ser, pela quantidade de árvores. Entre essas, alfeneiro, araribá-rosa, aroeira-mansa, aroeira-salsa, bambu-imperial, capixingui, cedro, chorão, embaúba-branca, faveira, jerivá, mirindiba-rosa, nespereira, paineira, resedá, sibipiruna e tipuana. As frutíferas, especialmente, as amoreiras e pitangueiras, atraem mais de 20 espécies de pássaros, segundo a prefeitura.

Já foram avistados por ali garça-branca-grande, caracará, rolinha, periquito-rico, anu-preto, beija-flor-tesoura, joão-de-barro, ferreirinho-relógio, suiriri-cavaleiro, bem-te-vi, corruíra, sabiá-laranjeira, sabiá-do-campo, cambacica, sanhaçu-cinzento, chopim e bico-de-lacre.


A cada temporada de fruta no pé, como a última, em outubro, que pintou de vinho as amoreiras, é possível ver adultos e crianças se deliciando com as frutinhas.

2 comentários:

  1. Parabéns Hélio, também sou plantadora de árvores e fiquei emocionada com o artigo da revista 27 horas e fui conferir seu blog!!! Parabéns, o trabalho voluntário em benefício da natureza e dos homens é muito nobre!!!!

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  2. Parabéns Hélio, também sou plantadora de árvores e fiquei emocionada com o artigo da revista 27 horas e fui conferir seu blog!!! Parabéns, o trabalho voluntário em benefício da natureza e dos homens é muito nobre!!!!

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